O novo mundo e a Igreja Católica
Quando eu digo que confio mais na igreja católica que em Deus, as pessoas em geral reagem de duas maneiras: algumas acham que sou blasfemo por não confiar em Deus, outras acham que sou condescendente com o catolicismo por não denunciar suficientemente suas injustiças. Ah, tem outra categoria de gente que acha que eu só estou tentando uma frase de efeito. Todo mundo desce o pau, de qualquer maneira.
Para o primeiro grupo, eu diria que tenho a maior vontade de acreditar em Deus, mas isso é o tipo da coisa que não depende de esforço, todos têm que concordar. Quem não acredita, não acredita e ponto, não dá pra fingir.
Quando eu era criança, eu acreditava. Fervorosamente. Aposto que fui o aluno mais aplicado da minha turma de primeira comunhão. Mas a idade me fez ambicioso. Preferi não acreditar por medo, por exemplo: medo da morte, medo da Vontade de Deus, medo do que os outros vão dizer. Preferi esperar para ter fé religiosa quando ela se revelasse em mim, e infelizmente até hoje ela não se manifestou. É bem possível que, quando o tempo de morrer estiver chegando, a tentação de acreditar vai ser maior. Cederei feliz! Não me declaro ateu, no entanto: agnóstico é o que consta no meu Facebook. Só sei que nada sei. Por enquanto. E Deus parece um assunto assim, de que a gente raramente sabe alguma coisa, envolto em mistérios, por isso acho, digamos, bastante imprevisível.
Já Jesus eu admiro bastante, acho que ele é o cara que inaugurou a modernidade, o que eu explico daqui há pouco. Certamente, foi o homem que mais transformou o mundo, que deixou o efeito mais profundo e duradouro de sua passagem pela Terra. Se a gente prestar atenção no Velho Testamento, o Deus que aparece lá se presta a dois usos muito específicos: em primeiro lugar, ele é o agente da cosmogonia, cria o universo e o homem; posteriormente, ele serve para meter medo em todos os judeus e os une na questão agrária, na questão do exílio e na questão da guerra. Deus é a entidade que legitima o direito dos hebreus sobre Canaã, porque ela foi prometida por Ele. Ele é Quem legitima as ações militares, quando o povo hebreu tem que se defender ou agredir, muitas vezes em condição de inferioridade. A figura de Deus é usada para organizar aquela sociedade da idade do bronze, mal saída da pré-história. O episódio dos 10 mandamentos é exemplar: em meio à desordem, à crise de liderança, à fome, ao crime e ao cansaço de um êxodo extenuante, Moisés sobe o morro e volta com 10 leis que vão organizar a balbúrdia. Para implementa-las, recebe uma Mãozinha. Mas não se ouve falar de vida eterna, nem de amor, nesse Velho Testamento. Deus, então, servia para organizar a vida terrena, dar alento e coragem para sobreviver num mundo violento e primitivo. Foi um importante fator civilizatório, mas não havia muita transcendência na fé naquele Deus. Ele era uma solução principalmente para o aqui e o agora.
Quando Jesus surge, ele traz consigo duas novas mensagens principais: amar ao próximo como a si mesmo e não agredir, dar a outra face. E claramente dá uma solução ao dilema da morte, uma vez que prometia uma vida eterna muito mais explicitamente que na doutrina hebraica. Uma transcendência quase oriental, agora adequada ao monoteísmo ocidental. A terra prometida do Deus hebreu vira a vida eterna do Deus cristão. Essa promessa vende mais que bolo quente, como dizem os americanos. A mensagem de cristo se alastra como fogo na palha seca. O mundo estava preparado para a idéia do amor cristão. Ricardo Rizek, que foi meu professor de música e do que ele chamava de “estética”, gostava de dizer que Jesus criou o esoterismo na religião, tornando-a transcendente. Antes de Cristo, as religiões funcionavam de cima para baixo, mexendo no divino para alterar o terreno. Jesus chega com a proposta de alterar o plano terreno para conseguir-se o divino. (O Rizek era um cara fabuloso, me ensinou a Harmonia do Schoemberg, contraponto, Platão, Aristóteles e Martin Heidegger. Fazia uma salada de Bach, serialismo, filosofia, Brahms, interpretação de filmes, poemas sufis, tradição cristã, quadrados mágicos, cabalismo e muitas outras substâncias. Morreu de repente, segundo soube, de causas que ninguém conseguiu precisar-me, em 2006).
Cristo trouxe ao mundo de sua época o amor fraterno, um conceito relativamente novo, então. Andando pela exposição “Esplendores do Vaticano”, na Oca do Ibirapuera, há algumas semanas, eu percebi a força desse conceito, e a velocidade com que ele tornou-se hegemônico. Eu nunca tinha me dado conta de que, em menos de 3 séculos, a religião cristã saiu da clandestinidade das catacumbas para tornar-se a religião oficial do império global da época, o romano. A transformação que promoveu no mundo foi radical, e eu vou ousar defender a idéia de que foi o cristianismo que inaugurou uma modernidade que culminou na cultura do séc. XX.
Na exposição vaticana, um dos aspecto que mais impressionam é o retrato da barbárie que era o mundo na época do aparecimento de Cristo. Da crueldade do ser humano, que por vezes parece ser inerente ao próprio ser. Na sessão “Diálogos com o mundo, por exemplo, há um quadro impressionante de........... que com suas escuridões barrocas retrata a noite no Monte Calvo, com Cristo abandonado pelos seus algozes na cruz, ladeado pelos outros condenados. A obra transmite a brutalidade da execução como eu nunca havia experimentado. Percebe-se o absurdo da tortura e da violação dos corpos abandonados na cruz, expostos aos elementos, à morte lenta, às aves necrofágicas, à noite, à decomposição da sua privacidade, à decomposição de sua integridade. Isso coincide com o que uma amiga religiosa acabou de me dizer, de que não gosta de ler a bíblia por causa da violência das cenas. Um outro exemplo cruento disso, ilustrado na exposição, é a existência em Roma, na época, de um local chamado Circo de Nero, batizado em homenagem ao louco imperador. Lá, os cristãos do primeiro século eram sacrificados das mais cruéis maneiras para o entretenimento romano. Não deve ter sido por acaso que a primeira basílica católica foi erigida sobre aquele terreno encharcado.
A verdade é que o mundo sempre foi assim, brutal, na maior parte do tempo, ainda mais durante a antiguidade. Possuímos a tendência a acharmos que os valores que temos hoje, no ocidente do início do século XXI, sejam algo inerente à condição humana. Costumamos esquecer que, ainda agorinha, houve duas guerras mundiais em que dizimamos covardemente várias dezenas de milhões de pessoas por motivos relativamente fúteis. Na verdade, os conceitos de humanidade que hoje nutrimos, apesar de derivarem fortemente do Iluminismo, só foram formalizados com a criação da ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, após a barbárie da II Guerra Mundial. E essa declaração tem um enraizamento obvio na tradição ocidental judaico-cristã. É interessante notar que a Arábia Saudita recusou-se a assinar a DUDH, em 1948, considerando-a incompatível com a lei Sharia islâmica; o Irã, em 1982, com a ascenção do fundamentalismo, repudiou a DUDH como sendo uma interpretação laica da tradição judaico-cristã, que não poderia ser implementada sem ferir a lei islâmica. É interessante notar que essas reações, ao mesmo tempo em que põem em cheque a universalidade dos valores contidos na DUDH, apontam para a importância do cristianismo - e por conseguinte da Igreja Católica - na formação da ética ocidental contemporânea. Sem Jesus e sem a divulgação de seu pensamento através da Igreja, nossa ética certamente seria diferente do que é hoje e o ocidente certamente seria menos “ocidental”.
O influência mais evidente da igreja católica na cultura ocidental, além da ética cristã, foi certamente resultante da sua capacidade de fomentar, divulgar e colecionar arte. Isso é auto-evidente, não carece de muito raciocínio e a exposição do Vaticano traz um impressionante roteiro que ilustra a trajetória da iconografia e arquitetura católicas. Por outro lado, acho interessante comentar a influência da igreja católica - e depois das protestantes - no desenvolvimento da música ocidental. Todos conhecem as histórias de um Bach compondo sua música numa paróquia pequena da Alemanha , Haendel virando um pop-star dos oratórios, Mozart compondo seu Réquiem... mas não acho exagero dizer que toda a música de concerto do ocidente evoluiu quase que linearmente do cantochão católico, o canto greogoriano medieval, desde o início até o final - sim, eu sou da opinião que este ciclo terminou no século XX. Das formas musicais anteriores - grega e romana - tivemos quase que nenhuma sobrevivência. Mas o canto gregoriano, que ainda não tinha este nome, estava disperso pelas paróquias do mundo, no início da idade média. O papa Gregório I, no sec. VII, foi caxias o suficiente para coletar todo esse repertório, tanto da igreja romana quanto da bizantina, organizar a imensa riqueza melódica dessas obras, diganosticar e normatizar os modos em que essas melodias era cantadas, os Modos (hoje) Gregorianos. Para deixar o assunto um pouco mais confuso, deu a eles nomes de regiões da grécia, mas os modos gregos são outros. O canto gregoriano foi evoluindo para o órganon paralelo, depois para o órganon melismático, depois para a polifonia propriamente dita, nos madrigais e motetos renascentistas, até chegarmos ao sistema tonal no barroco, a descoberta da harmonia, e daí até Wagner fazer com que nada mais fizesse sentido foi um pulinho de 3 séculos. Tudo isso com base no cantochão. Até os dias de hoje, aprendemos contraponto de Palestrina utilizando um canto gregoriano como “cantus firmus”.
É certo que a igreja católica cometeu inúmeros abusos. Os que todos lembram e que ninguém perdoa são a inquisição no passado e a pedofilia no presente. Também acho duas barbaridades entre inúmeras outras que o catolicismo cometeu. Mas o ocidente é praticamente uma invenção dessa máquina truculenta e contraditória.
Quando eu era criança, eu acreditava. Fervorosamente. Aposto que fui o aluno mais aplicado da minha turma de primeira comunhão. Mas a idade me fez ambicioso. Preferi não acreditar por medo, por exemplo: medo da morte, medo da Vontade de Deus, medo do que os outros vão dizer. Preferi esperar para ter fé religiosa quando ela se revelasse em mim, e infelizmente até hoje ela não se manifestou. É bem possível que, quando o tempo de morrer estiver chegando, a tentação de acreditar vai ser maior. Cederei feliz! Não me declaro ateu, no entanto: agnóstico é o que consta no meu Facebook. Só sei que nada sei. Por enquanto. E Deus parece um assunto assim, de que a gente raramente sabe alguma coisa, envolto em mistérios, por isso acho, digamos, bastante imprevisível.
Já Jesus eu admiro bastante, acho que ele é o cara que inaugurou a modernidade, o que eu explico daqui há pouco. Certamente, foi o homem que mais transformou o mundo, que deixou o efeito mais profundo e duradouro de sua passagem pela Terra. Se a gente prestar atenção no Velho Testamento, o Deus que aparece lá se presta a dois usos muito específicos: em primeiro lugar, ele é o agente da cosmogonia, cria o universo e o homem; posteriormente, ele serve para meter medo em todos os judeus e os une na questão agrária, na questão do exílio e na questão da guerra. Deus é a entidade que legitima o direito dos hebreus sobre Canaã, porque ela foi prometida por Ele. Ele é Quem legitima as ações militares, quando o povo hebreu tem que se defender ou agredir, muitas vezes em condição de inferioridade. A figura de Deus é usada para organizar aquela sociedade da idade do bronze, mal saída da pré-história. O episódio dos 10 mandamentos é exemplar: em meio à desordem, à crise de liderança, à fome, ao crime e ao cansaço de um êxodo extenuante, Moisés sobe o morro e volta com 10 leis que vão organizar a balbúrdia. Para implementa-las, recebe uma Mãozinha. Mas não se ouve falar de vida eterna, nem de amor, nesse Velho Testamento. Deus, então, servia para organizar a vida terrena, dar alento e coragem para sobreviver num mundo violento e primitivo. Foi um importante fator civilizatório, mas não havia muita transcendência na fé naquele Deus. Ele era uma solução principalmente para o aqui e o agora.
Quando Jesus surge, ele traz consigo duas novas mensagens principais: amar ao próximo como a si mesmo e não agredir, dar a outra face. E claramente dá uma solução ao dilema da morte, uma vez que prometia uma vida eterna muito mais explicitamente que na doutrina hebraica. Uma transcendência quase oriental, agora adequada ao monoteísmo ocidental. A terra prometida do Deus hebreu vira a vida eterna do Deus cristão. Essa promessa vende mais que bolo quente, como dizem os americanos. A mensagem de cristo se alastra como fogo na palha seca. O mundo estava preparado para a idéia do amor cristão. Ricardo Rizek, que foi meu professor de música e do que ele chamava de “estética”, gostava de dizer que Jesus criou o esoterismo na religião, tornando-a transcendente. Antes de Cristo, as religiões funcionavam de cima para baixo, mexendo no divino para alterar o terreno. Jesus chega com a proposta de alterar o plano terreno para conseguir-se o divino. (O Rizek era um cara fabuloso, me ensinou a Harmonia do Schoemberg, contraponto, Platão, Aristóteles e Martin Heidegger. Fazia uma salada de Bach, serialismo, filosofia, Brahms, interpretação de filmes, poemas sufis, tradição cristã, quadrados mágicos, cabalismo e muitas outras substâncias. Morreu de repente, segundo soube, de causas que ninguém conseguiu precisar-me, em 2006).
Cristo trouxe ao mundo de sua época o amor fraterno, um conceito relativamente novo, então. Andando pela exposição “Esplendores do Vaticano”, na Oca do Ibirapuera, há algumas semanas, eu percebi a força desse conceito, e a velocidade com que ele tornou-se hegemônico. Eu nunca tinha me dado conta de que, em menos de 3 séculos, a religião cristã saiu da clandestinidade das catacumbas para tornar-se a religião oficial do império global da época, o romano. A transformação que promoveu no mundo foi radical, e eu vou ousar defender a idéia de que foi o cristianismo que inaugurou uma modernidade que culminou na cultura do séc. XX.
Na exposição vaticana, um dos aspecto que mais impressionam é o retrato da barbárie que era o mundo na época do aparecimento de Cristo. Da crueldade do ser humano, que por vezes parece ser inerente ao próprio ser. Na sessão “Diálogos com o mundo, por exemplo, há um quadro impressionante de........... que com suas escuridões barrocas retrata a noite no Monte Calvo, com Cristo abandonado pelos seus algozes na cruz, ladeado pelos outros condenados. A obra transmite a brutalidade da execução como eu nunca havia experimentado. Percebe-se o absurdo da tortura e da violação dos corpos abandonados na cruz, expostos aos elementos, à morte lenta, às aves necrofágicas, à noite, à decomposição da sua privacidade, à decomposição de sua integridade. Isso coincide com o que uma amiga religiosa acabou de me dizer, de que não gosta de ler a bíblia por causa da violência das cenas. Um outro exemplo cruento disso, ilustrado na exposição, é a existência em Roma, na época, de um local chamado Circo de Nero, batizado em homenagem ao louco imperador. Lá, os cristãos do primeiro século eram sacrificados das mais cruéis maneiras para o entretenimento romano. Não deve ter sido por acaso que a primeira basílica católica foi erigida sobre aquele terreno encharcado.
A verdade é que o mundo sempre foi assim, brutal, na maior parte do tempo, ainda mais durante a antiguidade. Possuímos a tendência a acharmos que os valores que temos hoje, no ocidente do início do século XXI, sejam algo inerente à condição humana. Costumamos esquecer que, ainda agorinha, houve duas guerras mundiais em que dizimamos covardemente várias dezenas de milhões de pessoas por motivos relativamente fúteis. Na verdade, os conceitos de humanidade que hoje nutrimos, apesar de derivarem fortemente do Iluminismo, só foram formalizados com a criação da ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, após a barbárie da II Guerra Mundial. E essa declaração tem um enraizamento obvio na tradição ocidental judaico-cristã. É interessante notar que a Arábia Saudita recusou-se a assinar a DUDH, em 1948, considerando-a incompatível com a lei Sharia islâmica; o Irã, em 1982, com a ascenção do fundamentalismo, repudiou a DUDH como sendo uma interpretação laica da tradição judaico-cristã, que não poderia ser implementada sem ferir a lei islâmica. É interessante notar que essas reações, ao mesmo tempo em que põem em cheque a universalidade dos valores contidos na DUDH, apontam para a importância do cristianismo - e por conseguinte da Igreja Católica - na formação da ética ocidental contemporânea. Sem Jesus e sem a divulgação de seu pensamento através da Igreja, nossa ética certamente seria diferente do que é hoje e o ocidente certamente seria menos “ocidental”.
O influência mais evidente da igreja católica na cultura ocidental, além da ética cristã, foi certamente resultante da sua capacidade de fomentar, divulgar e colecionar arte. Isso é auto-evidente, não carece de muito raciocínio e a exposição do Vaticano traz um impressionante roteiro que ilustra a trajetória da iconografia e arquitetura católicas. Por outro lado, acho interessante comentar a influência da igreja católica - e depois das protestantes - no desenvolvimento da música ocidental. Todos conhecem as histórias de um Bach compondo sua música numa paróquia pequena da Alemanha , Haendel virando um pop-star dos oratórios, Mozart compondo seu Réquiem... mas não acho exagero dizer que toda a música de concerto do ocidente evoluiu quase que linearmente do cantochão católico, o canto greogoriano medieval, desde o início até o final - sim, eu sou da opinião que este ciclo terminou no século XX. Das formas musicais anteriores - grega e romana - tivemos quase que nenhuma sobrevivência. Mas o canto gregoriano, que ainda não tinha este nome, estava disperso pelas paróquias do mundo, no início da idade média. O papa Gregório I, no sec. VII, foi caxias o suficiente para coletar todo esse repertório, tanto da igreja romana quanto da bizantina, organizar a imensa riqueza melódica dessas obras, diganosticar e normatizar os modos em que essas melodias era cantadas, os Modos (hoje) Gregorianos. Para deixar o assunto um pouco mais confuso, deu a eles nomes de regiões da grécia, mas os modos gregos são outros. O canto gregoriano foi evoluindo para o órganon paralelo, depois para o órganon melismático, depois para a polifonia propriamente dita, nos madrigais e motetos renascentistas, até chegarmos ao sistema tonal no barroco, a descoberta da harmonia, e daí até Wagner fazer com que nada mais fizesse sentido foi um pulinho de 3 séculos. Tudo isso com base no cantochão. Até os dias de hoje, aprendemos contraponto de Palestrina utilizando um canto gregoriano como “cantus firmus”.
É certo que a igreja católica cometeu inúmeros abusos. Os que todos lembram e que ninguém perdoa são a inquisição no passado e a pedofilia no presente. Também acho duas barbaridades entre inúmeras outras que o catolicismo cometeu. Mas o ocidente é praticamente uma invenção dessa máquina truculenta e contraditória.