A Verdadeira Bruxa
À avalanche de asneiras ditas sobre a seleção, junto agora as minhas.
Eu acho que o problema tem duas vertentes principais:
1. O Brasil não tem muito do que se orgulhar, e acaba depositanto muita ansiedade sobre a seleção. Brasileiro acha que Copa é uma guerra onde a honra e o valor da Nação serão afirmados ou negados. Esquece que futebol é esporte. Esquece que os jogadores são seres humanos. Os jogadores, uns baguais sem muita estrutura psicológica, acabam amarelando, sob tamanha pressão. Amarelaram em 98, amarelaram agora. Às vezes ganham a despeito disso, quando não são francos favoritos e têm uma trégua do cagaço, e/ou a tabela ajuda, botando a gente contra Turquia, China, Bélgica, etc, até a semifinal. Quando perdem, todo mundo cai de pau, também de maneira desproporcional.
2. Deve haver vários esquemas de favorecimento na escalação da seleção. Isso explicaria a longevidade do binômio Parreira/Zagalo e de outro, Cafu/Roberto Carlos. E a escalação da maior parte do time. Tem a história do dinheiro do Pita, empresário do Ronaldo, encontrado na conta do Parreira. Tem o fato do João Havelange ter sido o cara que inventou a rota futebolístico-comercial entre Brasil e Europa, quando moldou o futebol e a Copa na forma de um negócio bilionário. O cara botou o Ricardo Teixeira, seu genro, na CBF, enquanto tratou de comandar a FIFA e fez do Blatt seu sucessor. O Ricardo Teixeira a gente conhece. Enfim, ficam armando condições de vender nossos talentos para os times endinheirados dos países endinheirados. Depois, têm que sustentar a fama desses jogadores, garantindo-lhes os holofotes da seleção. Isso sem contar as pressões dos patrocinadores, tanto da CBF quanto dos jogadores, individualmente.
Pois bem, para tudo isso funcionar, tem de haver a conivência da comissão técnica.
Quando eu era criança, a primeira copa a que eu assisti foi a de 1974, e achei que havíamos enterrado o Zagallo; eu vi até o caixão dele, no protesto que houve na avenida principal, depois da atuação vexaminosa da seleção. E o cara reaparece como o "velho Lobo"! Vá se foder! O Galvão deve levar um cachezinho, também. E o Parreira, que beleza, preparador físico, técnico de Gana, depois de uma meia-dúzia de times, acaba tarimbado para ser o cara. Ninguém estranhou?
Aí, os caras que estão na panela, tipo o Roberto Carlos, claro que são jogadores talentosos, mas também são produtos que têm de ser explorados. E devem para todos que os colocaram no esquema, empresários, CBF, patrocinadores, clubes, comissão técnica...
Todos desejam longevidade ao esquema. Por isso, morrem de medo de sair da panela. A atitude de Roberto Carlos, principalmente, sempre foi essa: de mostrar a soberba de titular absoluto. Quando ele chacoalhava o pezinho, deitado na grama, no banco do jogo contra o Japão, estava querendo dizer isso: "daqui não saio, daqui ninguém me tira! Sou o fodão, no jogo que vem esses moleques saem e eu volto pro meu trono. Ninguém vai me mandar de volta para Garça", Araras, ou seja lá de onde ele veio.
À avalanche de asneiras ditas sobre a seleção, junto agora as minhas.
Eu acho que o problema tem duas vertentes principais:
1. O Brasil não tem muito do que se orgulhar, e acaba depositanto muita ansiedade sobre a seleção. Brasileiro acha que Copa é uma guerra onde a honra e o valor da Nação serão afirmados ou negados. Esquece que futebol é esporte. Esquece que os jogadores são seres humanos. Os jogadores, uns baguais sem muita estrutura psicológica, acabam amarelando, sob tamanha pressão. Amarelaram em 98, amarelaram agora. Às vezes ganham a despeito disso, quando não são francos favoritos e têm uma trégua do cagaço, e/ou a tabela ajuda, botando a gente contra Turquia, China, Bélgica, etc, até a semifinal. Quando perdem, todo mundo cai de pau, também de maneira desproporcional.
2. Deve haver vários esquemas de favorecimento na escalação da seleção. Isso explicaria a longevidade do binômio Parreira/Zagalo e de outro, Cafu/Roberto Carlos. E a escalação da maior parte do time. Tem a história do dinheiro do Pita, empresário do Ronaldo, encontrado na conta do Parreira. Tem o fato do João Havelange ter sido o cara que inventou a rota futebolístico-comercial entre Brasil e Europa, quando moldou o futebol e a Copa na forma de um negócio bilionário. O cara botou o Ricardo Teixeira, seu genro, na CBF, enquanto tratou de comandar a FIFA e fez do Blatt seu sucessor. O Ricardo Teixeira a gente conhece. Enfim, ficam armando condições de vender nossos talentos para os times endinheirados dos países endinheirados. Depois, têm que sustentar a fama desses jogadores, garantindo-lhes os holofotes da seleção. Isso sem contar as pressões dos patrocinadores, tanto da CBF quanto dos jogadores, individualmente.
Pois bem, para tudo isso funcionar, tem de haver a conivência da comissão técnica.
Quando eu era criança, a primeira copa a que eu assisti foi a de 1974, e achei que havíamos enterrado o Zagallo; eu vi até o caixão dele, no protesto que houve na avenida principal, depois da atuação vexaminosa da seleção. E o cara reaparece como o "velho Lobo"! Vá se foder! O Galvão deve levar um cachezinho, também. E o Parreira, que beleza, preparador físico, técnico de Gana, depois de uma meia-dúzia de times, acaba tarimbado para ser o cara. Ninguém estranhou?
Aí, os caras que estão na panela, tipo o Roberto Carlos, claro que são jogadores talentosos, mas também são produtos que têm de ser explorados. E devem para todos que os colocaram no esquema, empresários, CBF, patrocinadores, clubes, comissão técnica...
Todos desejam longevidade ao esquema. Por isso, morrem de medo de sair da panela. A atitude de Roberto Carlos, principalmente, sempre foi essa: de mostrar a soberba de titular absoluto. Quando ele chacoalhava o pezinho, deitado na grama, no banco do jogo contra o Japão, estava querendo dizer isso: "daqui não saio, daqui ninguém me tira! Sou o fodão, no jogo que vem esses moleques saem e eu volto pro meu trono. Ninguém vai me mandar de volta para Garça", Araras, ou seja lá de onde ele veio.
1 Comments:
Dimi, a ansiedade pode mesmo ser bem perversa, colocando uma lupa gigante sobre a seleção, intensificando o nível de amarelação já existente por trás da camisa. Vale lembrar q em ano de eleição, a chance de elevar o grau da ansiedade desviando a atenção para "símbolos da pátria" fica aumentada por gente expert no assunto, verdadeiros produtores da esquizofrenia catatônico-paaranóide coletiva. Nem a indústria farmacêutica segura esses caras. ks
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