Som e fúria... significando nada!
Outro título seria: muito barulho por nada.
Eu não consigo ler Shakespeare. Cada porra de monólogo me deixa meditativo demais pra seguir em frente. "Ser ou não ser"... "a vida é um espetáculo cheio de som e fúria, significando nada"... umas coisas muito basais, muito definitivas, muito sem saída.
Quem lê o cara e não se aflige, não leu. Eu não leio, e me aflijo.
Na verdade, eu li muito menos do que as pessoas em geral julgam que li. Logo aprendi que as pessoas não lêem, e que vale mais uma citação falsa com convicção do que a honestidade ignorante. Minto mais que menor em porta de boate. Invento dados, citando a fonte, que em geral é um veículo que existe. Mas já cheguei a inventar um certo Journal of Psychedelic Drugs. Faço misérias com o que leio em orelhas de livros.
Já fui mais paranóico. Imaginava que um dia uma polícia intelectual qualquer bateria à minha porta, sabatinar-me-ia a respeito de Nietzsch, e eu sairia algemado de casa, direto para algum calabouço irrastreável. Inescapável, tipo "O Processo", de Kafka, que eu nunca li. Sentiu a mesóclise, lá atrás? É culpa, não é coisa de viado, não se preocupe.
Mas cuidado ao sentir a mesóclise lá atrás, a vítima pode ser você.
Bem, esse vai ser o Blog. Desculpem qualquer coisa.
Outro título seria: muito barulho por nada.
Eu não consigo ler Shakespeare. Cada porra de monólogo me deixa meditativo demais pra seguir em frente. "Ser ou não ser"... "a vida é um espetáculo cheio de som e fúria, significando nada"... umas coisas muito basais, muito definitivas, muito sem saída.
Quem lê o cara e não se aflige, não leu. Eu não leio, e me aflijo.
Na verdade, eu li muito menos do que as pessoas em geral julgam que li. Logo aprendi que as pessoas não lêem, e que vale mais uma citação falsa com convicção do que a honestidade ignorante. Minto mais que menor em porta de boate. Invento dados, citando a fonte, que em geral é um veículo que existe. Mas já cheguei a inventar um certo Journal of Psychedelic Drugs. Faço misérias com o que leio em orelhas de livros.
Já fui mais paranóico. Imaginava que um dia uma polícia intelectual qualquer bateria à minha porta, sabatinar-me-ia a respeito de Nietzsch, e eu sairia algemado de casa, direto para algum calabouço irrastreável. Inescapável, tipo "O Processo", de Kafka, que eu nunca li. Sentiu a mesóclise, lá atrás? É culpa, não é coisa de viado, não se preocupe.
Mas cuidado ao sentir a mesóclise lá atrás, a vítima pode ser você.
Bem, esse vai ser o Blog. Desculpem qualquer coisa.
4 Comments:
Nossa, você é perfeito... :) Casa comigo?
Dimi, parabéns pelo blog e pela iniciativa!
Legal que vc assumiu (!), coisa que muitos citadores de plantão não o fazem. E se dizem intelectuais! Parece um bom recurso para ser usado em bares e festinhas com o fim de impressionar o sexo oposto. Isso me lembra meu amigo Camilo Carrara, que também assumiu (!) que estudou violão para cantar as meninas e depois fez Letras para aprimorar a cantada...
Mas, sem mea culpa, quem não usou deste recurso que atire a primeira pedra!
E não resisti-lo-ei: é bom lembrar sempre que é melhor uma mesóclise bem colocada do que uma "enteróclise"!
Grande abraço!
Dimi,
Aqui estou eu p/ te pertubar por aqui também :-P
Bom, adorei aquela frase q te mostrei!! Não sei se isso é mentira ou verdade, mas o que eu sei é que prefiro a honestidade ignorante sempreee.
um beijo,
Denise
Dimi:
Ta muito na moda este negocio de assumir. Voce eh super "in". Mesmo assim aquele Umberto Eco em Italiano q voce tem no seu "living room" faz uma boa pressao.
Acabei de ver uma rara entrevista com o Woody Allen q falou que ele acabou lendo todos os classicos so para arranjar namorada. Como ele tem cara de intelectual por causa dos oculos (sic), so se aproximavam as mais metidinhas.
Ele disse q o q ele gosta mesmo eh de ficar vendo football na TV de cueca tomando cerveja.
Como uma leitora assidua de Shakespeare (mesmo) me sinto na contracultura...
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